quinta-feira, 28 de maio de 2009

Doença de Chagas

Doença de Chagas

Barbeiro Vetor da doença
A doença de Chagas, mal de Chagas ou chaguismo, também chamada tripanossomíase americana, é uma infecção causada pelo protozoário cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruz, e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo, chupão, procotó, (da família dos Reduvideos (Reduviidae).

Os sintomas da doença de Chagas podem variar durante o curso da infecção. No início dos anos, na fase aguda, os sintomas são geralmente ligeiros, não mais do que inchaço nos locais de infecção. À medida que a doença progride, durante até vinte anos, os sintomas tornam-se crônicos e graves, tais como doença cardíaca e de intestino. Se não tratada, a doença crônica é muitas vezes fatal. Os tratamentos medicamentosos atuais para o tratamento desta doença são pouco satisfatórios, com os medicamentos com significativo efeito colateral, muitas vezes, ineficazes, em especial na fase crônica da doença.

Tratamento


Na fase inicial aguda, a administração de fármacos como nifurtimox, alopurinol e Benzonidazol curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.
A fase crônica é incurável, já que os danos em órgãos como o coração e o sistema nervoso são irreversíveis. Tratamento paliativo pode ser usado.Segundo a DNDi, o mal de Chagas, juntamente com a doença do sono e a leishmaniose, está entre as doenças "extremamente negligenciadas", basicamente em razão da extrema pobreza dos pacientes - que, assim, estão fora do mercado da indústria farmacêutica.

Prevenção


Ainda não há vacina para a prevenção da doença. A prevenção está centrada no combate ao vetor, o barbeiro, principalmente através da melhoria das moradias rurais a fim de impedir que lhe sirvam de abrigo. A melhoria das condições de higiene, o afastamento dos animais das casas e a limpeza frequente das palhas e roupas são eficazes.
O uso do insecticida extremamente eficaz mas tóxico DDT está indicado em zonas endémicas, já que o perigo dos insectos transmissores é muito maior.

Amebíase



Disenteria amébica (também conhecida por disenteria amebiana, amebíase e entamoeba histolytica) é uma forma de disenteria (ou seja, diarréia dos protozoários sarcodina ou rizópodos (protista). É uma ameba típica, com movimentos por extensão de pseudópodes e capacidade fagocítica, que evoluiu para viver como parasita humano, ao contrário da ameba Entamoeba díspar, muito semelhante mas que raramente causa infecções sintomáticas.

Tratamento
Atualmente há medicamentos eficazes contra amebíase, que devem ser utilizados após o diagnostico da parasitose por meio de exame microscópico das fezes do doente. Nestes casos a imagem do fígado pela Tomografia computadorizada, detecção do DNA do parasita pela PCR ou serologia com detecçao de anticorpos especificos poderá ser necessária.

Prevenção
Para prevenir a disseminação da amebíase são necessárias atitude por parte do poder público e das próprias pessoas. Entra as formas de prevenção destaca-se a construção de instalação sanitárias adequada, tais como, privadas, esgotos e fossas sépticas, que impeçam a contaminação da água e de alimentos por fezes com cisto de ameba. Ferver a água, não usar cubos de gelo e não comer saladas e outros vegetais crus ou frutas cruas com casca em zonas endémicas.

Malária

Malária

Fêmea de Anopheles


A malária ou Paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero plasmodium transmitido pela picada do mosquito Anopheles.

A malária mata 3 Milhões de pessoas por ano, uma taxa só comparável à da SIDA/AIDS é afeta mais de 500 Milhões de pessoas todo o ano. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequente causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segunda a OMS, A malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.
A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mais pode ocorre em áreas urbanas, principalmente em periferias. em lugares situadas em locais cuja a altitude seja superior a 1500 metros, no entanto, o risco de aquisição de malária e pequeno. Os mosquitos têm tem maior atividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer.contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas. O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão também´possa ocorrer ao ar livre.


Tratamento
Cinchona
A quinina (ou o seu isómero quinidina), um medicamento antigamente extraído da casca da Cinchona, é ainda usada no seu tratamento. No entanto, a maioria dos parasitas já é resistente às suas acções. Foi suplantada por drogas sintéticas mais eficientes, como quinacrina, cloroquina, e primaquina. É frequente serem usados cocktails (misturas) de vários destes fármacos, pois há parasitas resistentes a qualquer um deles por si só. A resistência torna a cura difícil e cara.

Prevenção


Rede-Anti Mosquito protege contra malária

Ainda não há uma vacina eficaz contra a malária, havendo apenas estudos de alcance reduzido sobre testes de uma vacina sintética desenvolvida por Manuel Elkin Patarroyo em 1987. Acredita-se que uma vacina possa estar disponível comercialmente nos próximos anos, ou seja, até 2010. A melhor medida, até o momento, é a erradicação do mosquito Anopheles. Ultimamente, o uso de inseticidas potentes mas tóxicos, proibidos no ocidente, tem aumentado porque os riscos da malária são muito superiores aos do inseticida. O uso de redes contra mosquitos é eficaz na proteção durante o sono, quando ocorre a grande maioria das infecções. Os cremes repelentes de insetos também são eficazes, mas mais caros que as redes. A roupa deve cobrir a pele nua o mais completamente possível de dia. O mosquito não tem tanta tendência para picar o rosto ou as mãos, onde os vasos sanguíneos são menos acessíveis, enquanto as pernas, os braços ou o pescoço possuem vasos sanguíneos mais acessíveis.



Protozoários

Protozoários



Diversidade dos Protozoários

O Reino Protista (antigamente chamado de "protozoa", vem do grego proto, primeiro + zoon, animal), conhecidos popularmente como protozoários, agrupa todos os organismos eucariontes (com núcleo celular organizado), unicelulares, principalmente heterotróficos (que não realizam a fotossíntese), mas incluindo alguns autotróficos e com locomoção própria, quer utilizando cílios ou flagelos, quer com movimento amebóide (mudando a forma do corpo pela emissão de pseudópodes, do grego, pseudo = falso e podo = pés).

São encontrados em lugares úmidos, desde água doce, salobra ou salgada, no solo ou em matéria orgânica em decomposição, e até no interior do corpo de outros protistas, plantas ou animais.
Em grande maioria, a reprodução é de forma assexuada por bipartição e em outros casos por reprodução sexuada, por conjugação.
A disciplina que estuda os protozoários denomina-se Protozoologia.


Características gerais


Protozoários, na acepção antiga, incluía apenas seres unicelulares, na maioria heterotróficos, mas com formas autotróficas e com mobilidade especializada. Esta última serviu de critério para sua taxonomia. A maioria deles é minuscula, medindo de 0,01 mm a 0,05 mm aproximadamente, sendo que algumas exceções podem medir até 0,5 mm como, por exemplo, os foraminíferos. Sua forma de nutrição é muito diferenciada, pois podem ser predadores ou filtradores, herbívoros ou carnívoros, parasitas ou mutualistas. A digestão é intracelular, por meio de vacúolos digestivos, sendo que o alimento é ingerido ou entra na célula por meio de uma "boca", o citóstoma.

Estes organismos estão presentes em todos os ambientes por causa de seu tamanho reduzido e produção de cistos desenvolvidos.
A forma de locomoção é a principal característica taxonômica para diferenciar espécies. São muito usados como indicadores de qualidade do ambiente, sendo que águas poluídas normalmente têm protozoários característicos em abundância.

Classificação

Rhyzopoda: deslocam-se por pseudópode, rizópodes ou axópodes (Rizópodes)
Flagellata: utilizam-se de flagelos (Flagelados)
Ciliophora: possuem cílios (Ciliados)
Sporozoa: desprovidos de aparelho locomotor,o que torna muitas espécies formas parasitárias de vida. (Esporozoários)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Classificação Científica

Classificação científica

Coelho

  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Subfilo: Vertebrata
  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Lagomorpha
  • Família: Leporidae
  • Genero: Sylvilagus
  • Nome: Cientifico: Sylvilagus audubonii



Gato

  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Carnivora
  • Família: Felidae
  • Género: Felis
  • Espécie: F. Silvestres
  • Nome: Felis Silvestris Catus


Cachorro


  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Carnivora
  • Família: Canidae
  • Género: Canis
  • Espécie: C. lupos
  • Nome: Canis Lupus Familiaris

domingo, 17 de maio de 2009

Quem Foi Carl von Linné

Carolus Linnaeus, em português Carlos Lineu e em sueco após nobilitação Carl von Linné. Carolus Linnaeus nasceu em uma família pobre em 23 de maio de 1707, foi um botânico, zoólogo e médico sueco, criador da nomenclatura binomial e da classificação científica, sendo assim considerado o "pai da taxonomia moderna", sua família vivia em Rashult, no sul da província de Smaland na Suécia. Seu pai era um pastor Luterano chamado Nils, gostava de cultivar plantas. O jovem Lineu cresceu no meio de flores e plantas, dessa forma pode se familiarizar com elas e aprender seus nomes.


Com nove anos de idade ele ingressou na escola e aos dezessete iniciou o segundo grau, cuja finalidade era preparar os estudantes para o estudo religioso. O jovem por sua vez mostrou um grande talento para a ciência. Isso chamou a atenção do médico e professor Rothaman que se ofereceu para orientar nos estudo da botânica. Naquela época a botânica era uma ciência pouco estuda, mesmo nas universidades, sendo uma espécie de subáreas da medicina. Assim Lineu optou por cursar medicina, sendo orientado pelo Dr. Rothman, com que aprendeu o sistema de classificação vegetal vigente na época, o Tournefort (1656-1708) e as idéias sobre a sexualidade das plantas, que na época geravam muita polemica.


Lineu foi o botânico mais reconhecido da sua época, sendo também conhecido pelos seus dotes literários. É ainda o cientista da área das ciências naturais mais famosos da Suécia, e a sua figura pode ser encontrada nas actuais notas suecas de cem kronor. Lineu amava profundamente a natureza, e sempre se deslumbrava com as maravilhas do mundo dos seres vivos. Suas crenças religiosas o conduziu até a teologia natural, uma escola de pensamento muito antiga, porém que estava muito em moda em 1700: Já que Deus criou o mundo, é possível compreender a sabedoria de Deus estudando sua criação. E assim Lineu expressou no prefácio da edição posterior - A criação da Terra é a gloria de Deus, tal como somente o Homem o vê pelas obras da Natureza.

Principais Trabalhos de Lineu:


· Sistema da Natureza, Leiden 1735; 10ª edição, Estocolmo 1758-9.

· Biblioteca Botânica, Amsterdã 1736.

· Fundamentos Botânicos, Amsterdã 1736.

· Musa de Clifford, Leiden 1736.

· Crítica Botânica, Leiden 1737.

· Flora Lapônica, Amsterdã 1737.

· Gêneros Vegetais, Leiden 1737; 5ª edição, Estocolmo.

· Jardim Deleite do Clifford, Amsterdã 1737.

· Horto do Clifford, Amsterdã 1738.

· Ordens Vegetais (Classes Plantarum) Leiden 1738.

· Flora sueca 1745 · Hortus uppsaliensis 1748


· Filosofia Botânica 1751

· Species plantarum 1753
Últimos Anos

Lineu continuou os seus estudos botânicos depois da obtenção do seu título nobre, tendo mantido correspondência com diversas personalidades de todo o mundo. Por exemplo, Catarina II da Rússia enviou-lhe sementes do seu país.

Os últimos anos de vida de Lineu foram afectados por problemas de saúde: sofria de gota e dores de dentes. Sofreu um primeiro acidente vascular cerebral em 1774 e um segundo um ano mais tarde, que inutilizou o lado direito do seu corpo. Faleceu em 10 de Janeiro de 1778, durante uma cerimónia religiosa na catedral de Uppsala, onde foi sepultado.

Após a sua morte, as colecções de Lineu foram vendidas pela sua esposa a um inglês, Sir James Edward Smith, em 1784, sendo actualmente mantidas pela Linnean Society, em Londres.

sábado, 16 de maio de 2009

Sistemática, Classificação e Biodiversidade

Sistemática é o ramo da Biologia que estuda as diversidades biológicas (biodiversidade), ou seja, os tipos e variações existentes entre os seres vivos. Em geral, diz-se que compreende a classificação dos diversos organismos vivos. Em biologia, os sistematas são os cientistas que classificam as espécies em outros táxons a fim de definir o modo como eles se relacionam evolutivamente.

O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. No século XVIII, o naturalista sueco Lineu acreditava que existiam Cerca de 10 mil tipos de forma de vida. Desde então, os biólogos já indentificaram e deram nomes científicos para mais 2 milhões de espécies. E acredita-se que ainda existam muitas outras, o que pode elevar o número de espécies viventes para 30 milhões ou talvez mais.
Como exemplos de sistemática, temos:

· O sistema de Aristóteles, da Grécia antiga, que classificava os animais de acordo com o ambiente em que viviam (voadores, nadadores…) e as plantas de acordo com o critério tamanho (ervas, arbustos e árvores).

· O sistema de Agostinho de Hipona, do Século IV dC, cujo critério de classificação era a utilidade que os seres vivos tinham para a espécie humana (úteis, nocivos e indiferentes).

· O sistema de Lineu, do Século XVIII, cujo critério era baseado nas características estruturais e anatômicas dos seres vivos.

Categorias Taxonômicas

Categorias Taxonômicas, também designada táxon, é qualquer grupo taxonômico de qualquer grau, criado de acordo com as regras de nomenclatura para a classificação dos seres vivos.As categorias taxonômicas integram um sistema hierárquico de classificação (hierarquia taxonômica), proposto por Lineu. Este é um sistema de ordenação em que os seres vivos são agrupados numa série ascendente.Da espécie ao reino aumenta o número de organismos agrupados em cada nível taxonômico, mas o grau de parentesco entre eles vai diminuindo.
Os principais taxa (plural de táxon) são:

o Reino – Animalia

o Filo – Chordata

o Classe – Mammalia

o Ordem – Primates

o Família – Hominidae

o Gênero – Homo

o Espécie – sapiens

Os principais reinos de seres vivos

O planeta Terra abriga uma grande diversidade de seres vivos que ocupam os mais diferentes ambientes.Existem desde seres gigantescos até os microscópicos, vivendo em todas as localidades do planeta. Para facilitar o estudo e a compreensão desses seres vivos, eles foram agrupados em cinco reinos.




Reino Monera
Abriga todos os seres procariontes, os quais não possuem núcleo organizado e nenhuma estrutura citoplasmática membranosa. São unicelulares e a nutrição é feita comumente por absorção, exceção feita a alguns seres foto e quimiossintetizantes presentes nesse reino. A reprodução mais comum é a divisão binária, embora possa ocorrer também a recombinação gênica. Esse reino é constituído pelas bactérias e pelas cianobactérias (cianofíceas ou algas azuis).




Reino Protista

Inclui seres muito diversificados: unicelulares, pluricelulares e coloniais. Todos são eucariontes, isto é, apresentam carioteca (membrana nuclear). A nutrição ocorre geralmente por absorção, fotossíntese ou ingestão. A reprodução pode ocorrer envolvendo processos sexuados e assexuados (fragmentação e bipartição). Esse reino é constituído por algas eucarióticas e protozoários.





Reino Fungi

Inclui os organismos uni e pluricelulares, eucarióticos, sem pigmentação sintetizante, heterótrofos e que não possuem tecido organizado. A nutrição se faz por saprofismo ou parasitismo. A reprodução envolve ciclos sexuados e assexuados.Esse reino agrupa os seres conhecidos como bolores, mofo, cogumelos, leveduras etc. São heterótrofos saprófagos e, sem dúvida, apresentam a maior diversidade de enzimas digestivas. São, ao lado das bactérias,os principais decompositores, importantíssimos na reciclagem de matéria no ecossistema.




Reino Plantae

Inclui seres pluricelulares, fotossintetizantes, eucarióticos, com tecidos organizados. A nutrição é autotrófica fotossintetizante. A reprodução típica ocorre por ciclos alternantes haplóides e diplóides. Esse reino inclui os vegetais normalmente encontrados no ambiente terrestre: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Esse reino agrupa todos os seres fotossintetizantes, pluricelulares com tecidos e órgãos diferenciados. Esses seres, mais de 325 mil espécies, proporcionam habitat e alimentação para outros reinos.




Reino Animalia

Inclui organismos pluricelulares sem pigmentação fotossintetizante, eucarióticos e multicelulares. A nutrição é heterotrófica. É representado pelos animais vertebrados e invertebrados. Esse reino inclui organismos eucariontes, pluricelulares, heterotróficos e com células organizadas em tecidos. Algumas características foram sendo selecionadas durante o processo evolutivo desses seres. A forma compacta do corpo, a presença de esqueleto rígido e estruturas musculares e sistemas de coordenação melhoraram os processos de defesa e captura de alimentos.
OBSERVAÇÃO: Os vírus não possuem classificação definida pois passam a realizar funções vitais somente após invadir a estrutura celular, seqüestrando os componentes que a célula necessita para formar novos vírus.